sábado, 21 de dezembro de 2024

O gênio feminino na Idade Média. Mística

O gênio feminino na Idade Média. Mística
17 de setembro: Santa Hildegarda de Bingen, virgem e doutora da Igreja
Evangelho
Mt 25,1-13
«O Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que, com sua lâmpada na mão, saíram ao encontro do noivo (…)».
Comentário sobre o Evangelho
Hoje celebramos Santa Hildegarda de Bingen (1098-1179). Nasceu e viveu na Alemanha. Para a sua educação, aos oito anos de idade, foi confiada aos cuidados da professora Judite de Spanheim. As duas viviam numa pequena casa junto ao mosteiro beneditino de S. Disibodo. A fama de santidade de Judite e da sua aluna depressa se espalhou por toda a região, e outros pais admitiram as suas filhas no que viria a ser um pequeno convento beneditino para raparigas. Aos quinze anos, Hildegard professou aqui como freira e recebeu o véu das mãos do bispo Otto de Bamberg. Em 1136, Hildegard foi escolhida para suceder a Madre Judite. A comunidade foi crescendo e Hildegard acabou por fundar um outro convento, dedicado a S. Ruperto, onde passou o resto da sua vida. Hildegard, desde muito jovem, recebia visões sobrenaturais. Consultou S. Bernardo, que a tranquilizou. Em 1147, recebeu a aprovação do Papa Eugénio III: este autorizou-a a escrever as suas visões e a falar publicamente. A partir de então, o prestígio espiritual de Hildegard cresce e ela passa a ser conhecida como a “profetisa teutónica”. As suas visões místicas referem-se aos principais acontecimentos da história da salvação e utilizam sobretudo uma linguagem poética e simbólica. A sua obra mais famosa intitula-se “Conhece os Caminhos do Senhor”. Para além disso, escreveu outros escritos sobre medicina e ciências naturais, bem como sobre música.

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